terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tabagismo e Narguila

Tabagismo e Narguilé entre crianças e adolescentes

Narguilé está na moda, mas também é considerado vilão
Uma febre recente, que tem preocupado a saúde em geral, é a utilização do Narguilé. Os pais acham que pelo fato de ter água e do fumo ser "perfumado" ou aromático ele não faz mal. Este é um grave erro. Uma sessão de Narguilé (1 hora) corresponde em média em quantidade de nicotina a 100 cigarros fumados. Há relatos de pais que compram este equipamento para os filhos fumarem em casa, pois acham que seria menos perigoso. Portanto, o alerta é: fumo faz mal em qualquer forma de apresentação, cigarro, cachimbo, cigarro de palha, charuto, narguilé, entre outros.

Apesar de o Tabagismo ser uma doença cada vez mais divulgada no mundo todo, assim como os malefícios provocados por ela, os jovens de hoje ainda procuram o cigarro. O início do tabagismo acontece até os 19 anos de idade (90% dos casos) e é mais freqüente de 10 a 15 anos de idade. Geralmente, o jovem começa fumar por curiosidade, para fazer parte do grupo, por problemas em casa com a família, por problemas na escola e em três meses de utilização do cigarro eles já se tornam dependentes do mesmo. Além disso, as constantes mudanças hormonais pelas quais os jovens passam, mudanças de humor, sentimentos de menos valia e baixa auto-estima, também fazem com que ele procure e se fixe no cigarro.

Ele tem a sensação de que ele pode parar de fumar quando quiser, mas não é isto que acontece. Quando ele tenta parar ele tem dificuldade, crises de abstinência e volta então a fumar. Hoje se sabe que as meninas iniciam mais na utilização do cigarro do que os meninos. Na fase adulta, a mulher tem mais dificuldade de parar de fumar do que o homem. Outro aspecto que se nota, é a associação do cigarro com a bebida alcoólica o que dificulta muito a cessação do cigarro, além das baladas de sábado à noite serem excelentes gatilhos para o jovem procurar o cigarro.

Outro aspecto, é que o cigarro é considerado uma porta aberta para o jovem experimentar drogas ilícitas de todos os tipos. O melhor cigarro é aquele que não é fumado. Os pais devem dialogar muito com os jovens para preveni-los da iniciação ao cigarro. Com certeza isto diminuiria muitos riscos para saúde do ser humano e melhoraria sua qualidade de vida!


Tabagismo: o mal do século XXI
O tabaco tem sido utilizado nas Américas há milhares de anos em várias formas e com propósitos culturais diferentes

O cigarro está associado a mais de 50 doenças e tem causado mortalidade prematura, através do seu efeito sobre doenças respiratórias, do coração assim como vários tipos de câncer. Para o ano de 2020, a perspectiva de mortalidade é de 3 milhões em países desenvolvidos e de 7 milhões em países em desenvolvimento, isto significa 10 milhões de mortes ligadas ao uso do tabaco. Também segundo a OMS, o tabaco mata mais que a soma de mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídio e acidentes de trânsito.
A droga é qualquer substância química, natural ou não, que pode produzir efeitos no funcionamento do nosso corpo, no comportamento e na área emocional. Por este motivo o cigarro é considerado uma droga de efeito psicoativo. Nesta fase observa-se a ocorrência da tolerância, que é a quantidade de nicotina que o indivíduo necessita para se sentir bem e a síndrome de abstinência cujo sintomas são: dor de cabeça, insônia, aumento da ansiedade, é importante na manutenção da dependência e parece ser mais difícil de ser percebida e tratada. Observa-se que o indivíduo fuma por diferentes razões como: estimulação, prazer, redução de tensão, hábito, ritual e dependência.
Além disso, existem os condicionamentos ou gatilhos, como: café, fumar no carro, após refeições, no computador, no telefone. Portanto, se você é fumante, pense em parar de fumar. Marque uma data, jogue o cigarro fora, tome muita água, faça caminhadas constantes. Você consegue!!

Caso você não consiga, procure ajuda especializada.
Você já conseguiu vencer o vício do cigarro?

O outro lado do vício
Fatores genéticos e aspectos sociais que envolvem o tabagismo

Estudos realizados já mostraram que fatores como pressão social, e fatores genéticos, estão envolvidos na dependência do cigarro. Uma pesquisa envolvendo gêmeos, realizada pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) traz uma melhor compreensão da interação desses fatores.

Os pesquisadores descobriram que as mulheres têm uma probabilidade maior que os homens de começar a fumar por causa de fatores sociais; no caso dos homens, a genética parece ser o fator principal.

Em recente pesquisa desenvolvida no Hospital do Coração, verificou-se que quando o fumante mora ou convive diariamente com outros fumantes, fica mais difícil parar de fumar ou ficar abstinente depois que pára.

No que diz respeito ao início do hábito, os fatores genéticos parecem ser mais fortes nos homens apesar de sabermos que a genética é importante, independente do gênero. Neste ponto é interessante discutir porque os fumantes não respondem igualmente às medicações existentes para parar de fumar. Para algumas pessoas o remédio faz efeito mais forte, para outras mais fraco e para um terceiro grupo pode não fazer efeito ou fazer efeito contrário. Isto se deve às diferenças individuais e à forma como cada organismo reage à medicação.

No entanto, quando se observa grupos de fumantes que são tratados em empresas, o índice de abstinência é maior ao final de um ano. Um dos motivos aventados para este resultado, é que na empresa existe o apoio social do grupo. A questão da rede de apoio social é considerada cada vez mais importante quando se fala em mudança de hábitos e tratamento de dependências.

O fumante em geral não gosta de ser afrontado ou cobrado. Ele gosta mais de ser acolhido e quando se pretende ajudar um fumante a parar o apoio acolhedor é fundamental.

Lembre-se sempre que o fumante é um dependente e como tal ele precisa de apoio!!
Como você superou o vício do fumo?
Olá, eu sou a Dra. Silvia Cury. Seja bem-vinda (o) ao meu espaço, em que vou esclarecer as suas dúvidas sobre terapias, principalmente no combate ao cigarro.email minhavida@minhavida.com.br